Neste período do ano começam a surgir muitas matérias, vídeos e até aulas sobre as tendências dos mais variados assuntos e áreas da gestão de negócios e empreendedorismo para o próximo ano.
Se você já foi impactado por esses conteúdos, provavelmente já leu sobre ESG e sua importância para os negócios, principalmente nos próximos anos.
Mas, o que tem de tão especial nessa sigla composta por 3 letras que pode mudar o futuro do seu negócio?
Contexto histórico do ESG
A sigla ESG, Environmental, social and Governance (traduzida para ambiental, social e governança), se relaciona a mensuração da performance de uma organização nestes três pilares.
E, apesar de ter se destacado mais nos últimos anos, o termo surgiu em 2004 em publicação do Banco Mundial em conjunto com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas e outras instituições financeiras de 9 países, a Who Cares Wins.
Essa publicação foi resultado de uma provocação do secretário-geral da ONU na época, com o intuito de obter respostas sobre como integrar fatores ESG ao mercado de capitais.
A partir daí, estabeleceu-se bases de investimento sustentável, que segue sendo uma temática urgente.
Essa urgência dos últimos anos se deu em função de um fator importante: segundo um relatório da consultoria PwC, até 2025 todos os ativos da Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG.
Antes disso, as empresas não consideravam o ESG um investimento favorável, afinal o que ganhariam com isso? Agora, os fundos de investimentos passaram a se preocupar com esse aspecto, obrigando as empresas a planejarem seu futuro e pensarem na sustentabilidade, tanto do mundo quanto do próprio negócio.
Caso contrário, podem se considerar fora do mercado financeiro, seja ela pequena, média ou grande.
Então, ESG e Sustentabilidade são a mesma coisa?
O termo Sustentabilidade normalmente está relacionado aos impactos de uma empresa no meio ambiente a sua volta e em como estará a longo prazo. Então, o ESG está sim associado à Sustentabilidade, porém, não possuem o mesmo significado.
A Sustentabilidade se refere ao macro ambiente, relacionando governos empresas e países. Seu conceito é mais amplo e de alcance a longo prazo, pois foca nas oportunidades e em uma agenda ampla para a sociedade e públicos envolvidos.
Já o ESG está relacionado às práticas internas da empresa, é mais específico e mensurável, pois seu foco é diminuir riscos. Logo, suas práticas atuam transformando valores e propósitos em ações efetivas, garantindo dados e informações confiáveis para investidores e consumidores.
Resumindo, as empresas que buscam ser sustentáveis precisam tornar-se protagonistas nos pilares e propósitos do ESG.
ESG na sua empresa
Você já implantou o ESG na sua empresa? Apesar da resposta ser positiva ou negativa, existem alguns aspectos a serem considerados.
Lembre-se que você pode não ter implantado propriamente o ESG, mas já praticá-lo em sua rotina sem nem mesmo saber. Mas, por outro lado, você pode ter implantado oficialmente e estar deixando de lado a essência de seu conceito, o que faz com que não esteja praticando seus pilares.
As práticas ESG precisam fazer parte da rotina e da cultura organizacional da empresa. A alta liderança da empresa precisa estudar e acreditar nessas premissas, só assim os demais líderes e colaboradores conseguirão internalizar sua importância.
De nada adianta ter boas práticas de gestão de resíduos, sem considerar as políticas e práticas de administração e governança, ou o impacto de sua empresa na sociedade e comunidade na qual está inserida.
Para recapitular, no pilar do Meio Ambiente (E de Environment), considera a interação da organização com seu meio ambiente, quais suas fontes de energia, tratamento de resíduos e descartes, emissões de carbono, entre outros aspectos.
No pilar de Sociedade (S de Social), são analisados os aspectos nos quais a organização impacta a sociedade ou comunidade na qual está inserida, sua relação com colaboradores, segurança, saúde e diversidade do quadro de colaboradores.
Por fim, no pilar de Governança (G de Governance), focamos nas políticas e práticas de governança, diversidade nos conselhos e lideranças, processos contábeis, adoção e práticas da LGPD, entre outros.
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Autora:
Bianca Wermann
Jornalista, Analista de Comunicação e Marketing da Interact Solutions.
