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O que o Canal de Suez pode te ensinar sobre a Gestão de Riscos?

13/06/2024
O que o Canal de Suez pode te ensinar sobre a Gestão de Riscos?

Provavelmente você já ouviu falar do Canal de Suez, mas caso não tenha ouvido, vamos fazer uma introdução para que possamos estar na mesma página.

O Canal é a principal rota comercial marítima do mundo, situada no Egito, na Península do Senai e na confluência entre a África e a Ásia, além de ser muito próximo da costa da Europa. É tão importante que o petróleo, por exemplo, é um dos principais produtos escoados por essa via.

Essa rota artificial foi construída em 10 anos, sendo inaugurada em 1869. Contou com o apoio financeiro do Reino Unido e com o apoio técnico da França, entre outros países. Contudo, acabou sendo nacionalizada pelo Egito em 1956.

Mas, o que isso tem a ver com a Gestão de Riscos?

Como já mencionamos, o Canal de Suez é a principal rota de comercialização no mundo. Antes de sua existência, os navios que precisavam passar entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Índico precisavam rodear todo o continente africano, contornando o Cabo da Boa Esperança que fica no extremo sul da África.

Fonte: R7 Notícias

 

 

O trajeto até Londres, por exemplo, era de 19.950km. Com o Canal, essa distância reduziu para 11.670km. Nele trafegam, em média, 50 navios por dia.

Dada sua importância estratégica para a logística e economia mundial, é preciso mapear os riscos de forma detalhada e atuar em sua mitigação de forma ativa.

E se o Canal de Suez ficasse bloqueado?

Em 1922, a Guerra de Suez fez com que isso quase se tornasse realidade e, consequentemente, tirasse o sono de muitas pessoas do mundo todo. Afinal, essa parada teria um grande impacto na economia global. Porém, muitos anos mais tarde o fato acabou se concretizando e nem foi por conta de guerras.

Em março de 2021, um navio cargueiro ficou encalhado, bloqueando totalmente o canal por 4 dias. Resultado disso foi um congestionamento de embarcações que, de acordo com as estimativas foi de 200 navios, no mínimo.

Outros impactos também puderam ser percebidos, como o aumento dos valores de fretes marítimos, mercadorias aguardando nos portos por falta de navios, mudanças de rotas para mais longas, paradas em fábricas por falta de matéria prima, perda de vendas, entre muitos outros.

Nem todos os riscos podem ser evitados

Uma estratégia de Gestão de Riscos completa, envolve um trabalho preventivo para antecipar possíveis situações e também atua de maneira prescritiva, estimulando um comportamento dinâmico para que responda de forma mais ágil, caso o risco se concretize.

Contudo, é preciso considerar que nem sempre será possível mitigar os riscos ou então eliminar suas fontes de ameaça por completo.  Às vezes é preciso aceitá-lo, identificar qual sua probabilidade de se tornar real e saber o que fazer, para que os riscos não gerem consequências muito negativas, como o que aconteceu em nosso exemplo.

Lembre-se também que aceitar um risco não é sinônimo de falha, mas sim uma estratégia sábia para diminuir os impactos do mesmo em seus negócios.

Atualmente existem inúmeras ferramentas que podem contribuir para essa análise, entre elas destacamos algumas:

Análise BIA: é uma ferramenta muito eficiente para identificar e avaliar os efeitos de interrupções nos negócios, pois auxilia na definição de metas e estratégias de recuperação de contingência.

Seu foco é mitigar as perdas e restaurar a normalidade o mais breve possível, permitindo que os gestores determinem e avaliem os potenciais efeitos que uma suposta interrupção possa causar às atividades críticas da organização.

– Matriz SWOT: tem como objetivo elencar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do negócio. Permite uma análise interna e externa, identificando também oportunidades e ameaças oferecidas pelo ambiente.

Quando associada à Gestão de Riscos, fica mais completa e permite fácil identificação do que precisa ser mantido ou aprimorado para mitigar erros ou evitar desperdícios.

– Diagrama de Ishikawa: a ferramenta leva em consideração os 6Ms envolvidos no processo produtivo de uma empresa: material, método, medida, máquina, meio ambiente e mão de obra. Em cada um desses fatores são identificadas prováveis causas para um determinado risco.

É preciso buscar a causa e não uma justificativa para o risco, caso contrário você não o conhecerá profundamente nem terá uma noção real de seus impactos.

E depois, o que fazer?

Nunca esperamos que um risco se torne real, mas precisamos estar preparados para ele. Da mesma forma, não esperamos que um risco se repita, mas se ele aconteceu uma vez pode acontecer outras e ter causas diferentes.

Então, após a Gestão de Crise e retomada das atividades da empresa é hora de avaliar tudo que aconteceu, suas respostas e ações diante disso. Aprender também é uma forma muito eficaz de gerir os riscos de sua empresa.

Revise seu plano de contingência e atualize o que for necessário. Considere que nele é preciso constar a identificação do risco, qual a estrutura organizacional que será utilizada para resposta, os procedimentos de ativação necessários para seu início, quais os recursos que serão imprescindíveis, ações de resposta, entre outros aspectos fundamentais.

 

Além disso, contar com um software de Gestão de Risco pode facilitar e otimizar o processo. A Interact, por exemplo, conta com o módulo SA Risk Manager, do Interact Suite SA. Ele permite identificar, analisar e auditar as práticas de controle, com o objetivo de evitar a materialização dos riscos estratégicos, de processos, de projetos, financeiros, ambientais, legais, entre muitos outros.

A solução também conta com aplicações para otimizar a gestão como a Avaliação e Revisão de Riscos, Monitoramento e Alertas, Mitigação dos Riscos, Mapa de Riscos, Ações de Riscos, Ocorrências e Não Conformidades e Relatórios e Análises.

Acesse nosso site agora e sinta-se mais preparado para fazer uma Gestão de Riscos efetiva.

 

 

Autora:

 

 

Bianca Wermann

Jornalista, Analista de Comunicação e Marketing da Interact Solutions.

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